quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Orixá Ogum


O Orixá Ogum é extremamente conhecido pelos simpatizantes da religião, e agora explicarei um pouquinho desse poderoso Orixá.

Ogum é conhecido como O Ferreiro, o conhecedor da manipulação do ferro. Portanto um de seus símbolos é um conjunto de ferramentas. Aqui podemos identificar sua primeira característica, a capacidade de prover a ferramenta para que possamos enfrentar aquilo que está diante de nós. Manipular para termos condições de realizar aquilo que queremos ou necessitamos. Por isso Ogum está muito relacionado ao lado profissional.

O poderoso Orixá também é conhecido como Vencedor de Demandas, trazendo outro símbolo importante que é a espada. Claro que a espada se trata de uma ferramenta, ferramenta para a batalha, identificando também aqui a manipulação do ferro.

Como a espada é a principal ferramenta de Ogum, significa que é um Orixá extremamente ligado à Batalha, batalhas em qualquer sentido.

Sendo assim podemos ver que Ogum traz uma personalidade extremamente difícil de lhe dar, é Orixá que enfrenta tudo e todos em qualquer situação. Muito tempestuoso, viril e até sanguinário. Porém possui uma capacidade enorme de conquista e domínio.

Ferramentas


Costumo citar algo imaginativo para que possam perceber a característica desse Orixá:

Ogum pode estar diante de um adversário muito maior que ele, muito mais forte, muito mais armado. Porém Ele nem liga, a única coisa que importa é ver seu adversário no chão. Claro que se trata de algo imaginativo porém define um pouco da personalidade que esse Orixá traz.

Existem alguns Itans que contam essa tempestuosidade de Ogum. Um deles fala sobre um feiticeiro que tramou contra o Orixá, quando incentivou que habitantes de uma cidade prestassem homenagem a Egum sabendo que Ogum chegaria à cidade. O problema é que para prestar essa homenagem a Egum nenhum cidadão poderia falar. Quando Ogum chegou à cidade nenhum habitante falou com ele, despertando sua ira, e Ogum dizimou quase a cidade inteira matando muitos habitantes. Contarei esse Itan em outra oportunidade.

No Oráculo, Ogum se torna presente em dois principais Odus: Ogundá e Irete.

Sua cor é o Azul escuro, dentro da Umbanda se usa o vermelho, isso devido ao sincretismo. Porém o Azul escuro representa melhor o Orixá, também podemos encontrar a cor verde, mas não gosto muito dessa relação.

Também foi considerado Orixá da agricultura, mas na verdade esse título não pertence a Ogum e sim a Orixá Ocô.

Seu dia para as festividades costuma ser dia 23 de abril.



Que Ogum possa estar ao nosso lado em nossas batalhas. Que nossa batalha seja também a batalha Dele.



Ogunhê!



Axé!!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Resumo do Itan de Xango e Oxalufon – A Justiça!

Como sempre vou primeiro contar o Itan e depois fazer uma análise rápida.



Oxalufon queria visitar seu grande amigo Xango, foi então até Orunmilá e consultou o oráculo, consultou Ifá. As determinações de Ifá não foram muito boas, revelando a Orunmilá que a viagem de Oxalufon seria trágica. Orunmilá aconselhou que o Grande Orixá não realizasse a empreitada.

Porém Oxalufon não queria desistir, pois a teimosia é uma característica desse Orixá, então pediu ao Babalawo que consultasse Ifá a fim de que surgissem determinações do que fazer para que a viagem não fosse trágica como foi avisado. Então Orunmilá revelou que durante a viagem em hipótese alguma Ele deveria reclamar ou brigar e discutir com qualquer pessoa, não poderia reclamar de nenhuma situação, com a conseqüência de que perderia a vida. Ainda recomendou que levasse 3 trocas de roupas.

Assim partiu Oxalufon em sua empreitada a fim de visitar o reino de Xango. Em determinado momento encontrou um menino, que tentava levantar uma bacia com azeite de oliva até sua cabeça mas não conseguia. Nosso Orixá observando a dificuldade do menino se propôs a ajudá-lo, foi quando virou todo o conteúdo da bacia sobre sua roupa. Lembrando do conselho de Orunmila, mesmo muito irritado, Oxalufon não reclamou do acontecido. Como levava três trocas de roupas, foi se trocar e entregar como ebó a roupa manchada.

Continuando seu caminho encontrou mais duas vezes a mesma situação que passara, caindo sobre si azeite de dendê e depois carvão, porém em nenhuma das vezes reclamou ou brigou. O menino que causara a situação desagradável não era nada menos que Exu, que como sempre maquinava situações para perturbar a mesmice. Vendo que Oxalufon não reclamou em momento algum, perdeu a graça e desistiu de perturbar o Orixá do Branco.

Em fim chegou pelas terras de Xango, quando caminhava pode avistar o cavalo que outrora havia dado a seu amigo. Supondo que o animal havia fugido tratou de dominá-lo para levá-lo de volta ao Rei Xango. Enquanto cavalgava em direção ao reino pode ser avistado pelos guardas que estavam justamente procurando o cavalo. Quanto foi a surpresa de Oxalufon quando pode perceber que os guardas confundiram-no com um ladrão. Nosso querido Orixá foi espancado e preso nas terras de Xango. Isso sem que fizesse uma só reclamação, temendo sua própria vida devido à determinação de Ifá.



Xango nunca soube do acontecido, porém seu reino foi abatido por uma grande fome e doença, dizimando seu povo. Então Xango foi consultar Orunmila, foi consultar Ifá. Assim foi revelado que seu reino cometera uma grande injustiça a alguém muito importante que ainda se encontrava preso. Xango foi até o lugar onde Oxalufon estava, quando reconheceu seu grande amigo em estado deplorável. Então o Grande Rei determinou que Oxalufon fosse libertado. Que preparassem um banho e trouxessem roupas brancas como o algodão.

Então Xango carregou Oxalufon em suas próprias costas e determinou que todo o povo do reino deveria reverenciar o Grande Orixá do Branco. Assim foi desfeita a injustiça e a fome e a doença deixaram o reino.



Análise do Itan:



Esse itan traz características do Orixá Oxalufon, como o equilíbrio de lidar com situações muito complicadas sem causar qualquer confronto prejudicial. Isso é mostrado ao contar que esse Orixá não poderia reclamar dos acontecimentos. Conta-se também a característica de Oxalufon em relação à teimosia.

Também como na maioria dos Itans que se referem à Ifá, revela a necessidade de seguir as determinações do Oráculo.

Ainda podemos notar a explicação da regência de Xango sobre a Justiça, como Ele carrega o peso da injustiça em suas costas fazendo com que nunca mais a cometa.

Esse Itan ainda pode explicar um dos Rituais realizados em casas de Candomblé. As Águas de Oxalá. Um ritual em que todos os adeptos da casa levam água até Oxalufon e essa festa conta essencialmente com a presença do Orixá Xango, entre outros.



Xeueu Baba!!!

Obá Kaô Kabiecile



Um Grande Axé!!!!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Homenagem a Iyemanjá

Olá!!!
Muitos comemoram hoje o dia de Iyemanjá, então presto homenagem a essa queridissíma Orixá.

Orixá que acredito ser o Orixá mais conhecido no Brasil. Com fundamentos importantíssimos com Ori torna-se imprecíndivel o seu culto. Além de ser a própria Essência Materna.

Salve Iyemanjá

Odôiya Iyaba Mi!

Nos traga a paz e o amor em nossas vidas, para que possamos continuar nossos caminhos. Cuide de nós como seus filhos.

Axé!!!

Para ler sobre Iyemanjá Clique Aqui!