quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A Vaidade Excessiva e o Ego do Médium

Assim como trago a esse blog as dádivas dessa maravilhosa religião de culto aos Orixás, devo também citar alguns problemas que a maioria das vezes não são muito relacionados à religião e sim aos próprios seres humanos.


Nos médiuns mais firmes existe um crescimento excessivo de vaidade, vaidade que sinceramente acredito ser muitas vezes prejudicial para a própria firmeza. Claro que a vaidade é algo comum em qualquer ser humano, mas o excesso traz sempre algo prejudicial.

Que vaidade é essa que estou falando? Por que os médiuns mais firmes?



foto maurício chiminazzo - Vaidade

Bom, os médiuns mais firmes estão de certa forma acostumados a receber elogios sobre suas entidades, quando essas falam, avisam ou prometem ajuda na vida do consulente.

Percebo então uma grande necessidade do médium em provar que a entidade está ali e não só isso mas também dar credibilidade à palavra da mesma.

É claro que é muito bom pro nosso ego de médium receber elogios sobre nossas entidades, mas existe um porém aí. A Entidade não está preocupada em provar ou receber créditos e méritos pelos assuntos abordados por ela, e sim preocupados em realizar sua missão de ajudar a quem pede sua intervenção. Portanto a vaidade excessiva vem do médium e não da Entidade. A Entidade vangloriar demasiadamente o médium que trabalha provém mais da pessoa do que do Guia. Isso não significa que as Entidades não vão elogiar seus “cavalos” nem que não vão gostar de elogios, mas essa vaidade em excesso não condiz com tudo o que essas Entidades representam.

Vou tentar explicar essa diferença excessiva de vaidade, existem situações muito complicadas nas vidas das pessoas, o maior pesar que possamos sentir é o da perda. Perda de entes queridos, ou sofrimento demasiado devido a circunstância de saúde ou acidente. Levando em consideração a magnitude desse problema, a Entidade sabe quanto sofre os entes que se encontram à volta de pessoas passando por tais problemas. Esses entes procuram na religião algum apoio. Nesse momento, a Entidade se compadece do sofrimento ali encontrado, mas alguns momentos podemos ver uma certa satisfação em ter acertado aquilo havia dito antes que acontecera.

Vamos falar a verdade, um Espírito de Luz, não se vangloriaria de seu ato nesse momento porque o que importa não é o que havia avisado mas sim todo o sentimento aflorado ali, não seria o momento. Portanto no momento que esse ego excessivo vem à tona, se trata de algo inerente aos seres humanos.

Isso não significa que em médiuns que acontece o que descrevi deixam de ser bons médiuns. Não vamos misturar uma coisa à outra, mas acho importante mudarmos algumas realidades dentro da religião para que possamos evoluir e evoluir, e não ficarmos presos à penumbra da estagnação.


Axé!